Chamar um gay de veado, uma pessoa acima do peso de baleia, um jogador negro de animal, negros e brancos de macacos, uma mulher de vaca é, infelizmente, um costume corriqueiro e que denota o preconceito e a intolerância tão presentes na nossa sociedade. Pensando nessas questões, a Reserva convidou Felipe Morozini para pensar artisticamente o tema que serve como mote para a campanha de Inverno 2015 da marca.
O que Felipe Morozini se esqueceu, ou fingiu não saber para ganhar um troco e mais um pouco de visibilidade foi que em 2014 a marca Use Huck, licenciada pela própria marca reserva, imprimia camisetas com a estampa da hastag #somostodosmacacos afirmando que SERES HUMANOS NEGROS E BRANCOS eram macacos para lucrar com o racismo vendendo camisetas.
Durante a Copa do Mundo de futebol no Brasil, Rony Meisler CEO e fundador da marca Reserva foi ainda mais longe, pois em uma de suas postagens chamou o jogador de futebol NEGRO Juan Camilo Zuñiga (um ser humano) de ANIMAL. O que gerou a revolta dos colombianos.
O resultado dessa “parceria” é o manifesto “Faça como os animais, não julgue”, questionamento do fotógrafo e multiartista paulistano sobre o fato de as pessoas usarem os animais como adjetivos para expressar sua intolerância. “Sempre tive duas questões importantes na vida: primeiro, não julgar (sempre pedi para meus amigos não julgarem nada nem ninguém), porque nunca entendi a função do julgamento. E outra questão é o uso do nome de certos animais para xingar alguém. Já fui muito chamado de veado, minhas amigas sempre eram as galinhas…”, contou ele.
A marca Reserva e todas as suas deploráveis ramificações, leiam: Use Huck (Luciano Huck), Use Mussum, Do Bem, LZ Studio de Decoração, Reserva TT. Burguer, Reserva Mini, A Vera e Use Eva têm se mostrado como exemplos de como as empresas não devem ser, pois se utilizam da hipocrisia, do racismo, do egocentrismo, da misoginia, da xenofobia e da incitação ao ódio para se materem em constante evidência. A maior prova disto foi o recente caso de apologia e incetivo à pedofilia sacralizado pela marca Reserva e Use Huck através de camisetas “infatis” com os dizeres: “VEN NI MIM QUE EU TÔ FACIN” afirmando assim que as crianças estavam e estão disponíveis para serem molestadas durante o carnaval. Vale lembrar que Tiferet Comercio de Roupas Ltda (que atende pelo nome fantasia de RESERVA) foi multada em 15 mil reais pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por incentivar a pedofilia com as estampas das camisetas “infantis”. Mas isto ninguém mostra.
O “curioso” é que neste caso do incentivo à pedofilia, promovido, patrocinado e elaborado pela marca Reserva – Use Huck e Rony Meisler, não vimos nenhuma matéria denunciando ou se posicionando nos sites de Heloisa Tolipan (Jornalista amiga de Rony Meisler), Iesa Rodrigues (Jornalista amiga de Rony Meisler), Caderno Ela O GLOBO, dirigido por Ana Cristina Reis (Jornalista amiga de Rony Meisler)… enfim, quanto vale um banner de anúncio da Reserva em um site e/ou jornal?
