A tecnologia está se mostrando uma grande aliada do saneamento, o que tem levado a Copasa a investir mais nesta área, visando modernizar seus processos. Somente em 2024, mais de R$3,3 milhões foram aportados para a automação de sistemas de abastecimento de água no Alto Paranaíba, um avanço que já beneficia mais de 288 mil pessoas na região.
Somente em 2024, investimentos somaram mais de R$ 3,3 milhões
Os sistemas de automação são compostos por equipamentos e softwares capazes de monitorar, em tempo real, 24 horas por dia, volumes dos reservatórios, status de funcionamento de bombas dosadoras – máquinas que acrescentam os produtos necessários ao tratamento da água, e verificar se as elevatórias – bombas que enviam água para reservatórios e a Estação de Tratamento (ETA), estão operando corretamente, dentre outras coisas.
Glauco Oliveira, técnico de projeto e obras, explicou o funcionamento dessas tecnologias. “A automação permite que todos os dados relacionados ao desempenho dos nossos equipamentos elétricos e eletrônicos sejam disponibilizados em dispositivos móveis dos operadores, gerando alertas. Assim, é possível descobrir possíveis falhas instantaneamente e corrigi-las com maior celeridade”, pontuou.
Antes da automação do sistema, um empregado somente perceberia o extravasamento de um reservatório durante suas rondas de rotina pela cidade ou por meio de um chamado aberto pelo cliente. Com a ajuda da tecnologia, esse processo é otimizado, já que a falha pode ser constatada pelo próprio celular, o que favorece a redução de perdas de água. Como reflexo, a população tem um volume maior de água disponível, menos recursos hídricos são retirados dos mananciais, favorecendo sua perpetuidade, e os custos da operação são otimizados.
Segundo Leandro Cruz, gerente regional da Copasa, os benefícios já podem ser vistos. “Os sistemas de automação demonstraram sua eficácia na rápida identificação de vazamentos. Um exemplo disso ocorreu em Araxá, onde, por meio da análise de gráficos, volumes de reservatórios e status de funcionamento das elevatórias de água, foi possível detectar um grande vazamento oculto na região. Sem a automação, essa identificação seria muito mais difícil”, concluiu.
A automação dos sistemas de abastecimento ocorre há alguns anos, mas somente em 2024 ganhou uma forma massiva. Já foi implantada em Araxá, Bambuí, Conquista e sua comunidade de Jubaí, Córrego Danta e sua região de Cachoeirinha, Matutina, Medeiros, Pedrinópolis, Rio Paranaíba, Santa Juliana, Santa Rosa da Serra e sua área pertencente em Campo Alegre, São Gotardo e seu distrito de Guarda dos Ferreiros, Tapira, Tapiraí e sua localidade de Altolândia, e Tiros. A previsão é que a partir de 2025, também seja ampliada para Serra do Salitre e seu distrito de Catiara, Cruzeiro da Fortaleza, Iraí de Minas, Indianópolis, Delfinópolis e sua comunidade de Lajes, São Roque de Minas, Ibiraci, Vargem Bonita e seu distrito de São Sebastião dos Cabrestos.
Os sistemas de automação são compostos por equipamentos e softwares capazes de monitorar os equipamentos remotamente
O monitoramento ocorre em tempo real, 24 horas por dia.